segunda-feira, 23 de março de 2009

“ReDesign” é bom?

Redesign é bom? Você pegar algo antigo e recriá-lo com idéias novas e modernas. Isso me soa algo sensacional se voltado a um marco do passado, a um elemento de design que impactou, que foi memorável e que chega a ser inesquecível. Mas será que realmente é nisso que as empresas que pensam em um redesign estão focadas? Será que sempre algo “inovador” é recriado?

No primeiro mundo, redesign é...

O mais fácil a se pensar em redesign hoje, fica por conta da indústria automobilística. Pegar um sucesso do passado e transformá-lo em realidade é algo que vem sendo feito nos países de primeiro mundo a muito tempo, mesmo com carros que nem sequer chegaram a sair do mercado como é no caso do Ford Mustang. Alguns voltam anos mais tarde e fazem bonito, como é o caso do Volkswagen New Beetle e do Mini Cooper.


O Mustang está no mercado desde 1964, completa agora em abril 45 anos de idade e nunca sequer saiu do mercado. Claro que o esportivo passou seus apuros na crise do petróleo nos anos 70, e dos beberrões motores V8, chegou a ter uma versão 4 cilindros bem econômico.


O Fusca, ou Beetle, começou a ser produzido em 1938 e foi projetado pelo alemão Ferdinand Porsche (fundador da Porsche) para a Volkswagen, o carro seguiu dominando as vendas de carro pelo mundo a fora e sendo lançado em muitos lugares. No Brasil o primeiro modelo saiu da linha de produção em 1959 e foi sucesso absoluto, ficando no mercado até 1986, voltou em 1993 a pedido do então Presidente da República Itamar Franco e durou até 1996. Mundialmente, o último “velho” Fusca a ser fabricado foi em 2003, no México. Em 1998, a Volkswagen trouxe o New Beetle ao mercado e é vendido até hoje sem grandes mudanças visuais.


O britânico Mini Cooper já não viveu tantos anos como o Fusca, mas foi um sucesso absoluto como carro popular por 41 anos. Lançado em 1959, virou um símbolo britânico e nos anos 60, se tornou um ícone automobilístico. A BMW comprou a marca e decidiu lançar um novo carro com a mesma ideologia logo em 2001. Muitos fãs do clássico Mini Cooper rejeitaram o novo carro, mas globalmente ele foi um sucesso absoluto. O carro vem sendo produzido até hoje e é sucesso nos Estados Unidos e Europa, infelizmente no Brasil ele é apenas um pequeno carro de luxo.

E como fica a ideia de um redesign em países de terceiro mundo?


Aqui a palavra redesign é sinônimo de economia. Lançar um carro no mercado e tirar o caldo dele até onde der. Mesmo com as vendas de carro aceleradas por aqui, vemos um carro como o Fiat Palio que foi lançado em 1996, com 4 redesign que segundo a Fiat, mudou “completamente” o carro. Mudou mesmo? Mudar lanterna, frisos, parachoques é um redesign?


Fora do Brasil, é comum redesign de automóveis também. Inclusive o que gerou a minha ideia para escrever esse artigo, foi o novo redesign do antigo Corsa no Chile. Acreditem, o Corsa de 1995 ainda tem fôlego de sobra por lá... e deve viver mais uns bons anos.

O que acham?

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